quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Giovanna Cavalcante

MORREU DE QUE??

Para morrer basta estar vivo. Todo mundo sabe que a morte é algo natural. As mortes de causas naturais como ataque cardíaco, ou até mesmo as causadas pela velhice são comuns no dia a dia. O que chama atenção e vem aumentado são as mortes ditas “inusitadas”, também chamadas de tragicomédias, assim as mortes estranhas são aquelas ocorridas de forma diferente. Alguns tipos só acontecem a cada 10.000 anos. Outros casos são menos raros, mas não menos importantes. Estas ditas estranhas são, na maioria das vezes, engraçadas; outras podem ser impressionantes. Algumas delas são incríveis demonstrações de burrice, enquanto outras são situações acidentais bem trágicas.

O caso recente de uma senhora do Rio Grande do Sul, que transportava o caixão do seu falecido marido no veículo da funerária, e um automóvel de passeio colidiu na traseira do carro da funerária, deslocando o caixão para frente, que acabou atingindo a vítima. Ela morreu. Essa história relata que nem mesmo a morte separa.

Outro caso ocorreu no ano de 1991. Estava tudo calmo na fazenda da tailandesa Yooket Paen, que na época tinha 57 anos. As plantas cresciam e seu gado leiteiro produzia vários baldes por dia. Mas leite não era tudo o que os animais produziam. Certo dia, Paen caminhava pela propriedade quando, acidentalmente, escorregou em estrume de vaca. Desequilibrada, segurou em um cabo para não cair. O problema é que aquele não era um cabo qualquer: tratava-se de um fio desencapado, carregado de eletricidade. E a mulher morreu eletrocutada. Triste, mas o mais surpreendente estava por vir. Alguns dias depois do funeral, Yooket Pan, irmã de Paen, foi mostrar como havia sido o acidente fatal. E morreu exatamente da mesma maneira.

Parece mentira, mas foi real. No século XIV, ninguém tinha uma barba mais longa que o burgomestre austríaco Hans Steininger. Orgulhoso, ele via descer do seu queixo fios que chegavam a 1,5 m. Num dia de 1567, houve um incêndio em Braunau, a cidade do barbudo. Na pressa, Steininger esqueceu-se de recolher seu cipoal de pelos. Correu feito louco, mas acabou enroscando-se na própria barba. Perdeu o equilíbrio, caiu e quebrou o pescoço.

Mortes com arma de fogo são bastante comuns, por isso todo cuidado ao mexer nesse objeto é pouco. O advogado americano Clement Vallandigham defendia Thomas McGehan, acusado de ter matado um tal de Tom Myers a tiros. Para provar a inocência de seu cliente, ele reproduziu a posição em que o cadáver foi encontrado e mostrou que, ao tirar a pistola do coldre, Myers teria se matado. O advogado fez a encenação com uma arma que (ele não sabia) estava carregada. Morreu no tribunal. McGehan foi absolvido.

Existem muitos casos de mortes inusitadas na antiguidade, o exemplo é a de um dos poetas trágicos gregos, considerado o pai da tragédia, que morreu de forma trágica, mas digna de um filme. Ele simplesmente levou uma tartarugada na cabeça enquanto escrevia um artigo para a Desciclopédia. Uma águia (ou urubu) deixou a tartaruga cair na cabeça de Ésquilo, que morreu na hora.

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