segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Curiosidades

CURIOSIDADES MÓRBIDAS

Por Alexandre Medeiros

Parece uma cena de filme de terror: um cadáver com cabelos e unhas enormes. Quem nunca ouviu a história de que os nossos cabelos e unhas continuam crescendo após a morte? Será que essa história é verdadeira? Como em muitos mitos da ciência, nem sempre os especialistas chegam a um consenso. Para alguns, isso é pura balela: um grupo de cientistas estadounidenses afirma que a impressão de que cabelo e unhas continuaram crescendo é passada devido à retração da pele após a morte, já para o coordenador do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), José Arthur Chiese, o mito é verdadeiro: ele explica que as células ainda continuam vivas depois que a pessoa é considerada morta, assim, as unhas e os cabelos continuam crescendo por um tempo, até que as reservas do organismo acabem.
Mas, afinal, o que acontece com o nosso corpo quando, digamos, passamos dessa para melhor (ou pior)? Abaixo, você acompanha hora a hora todas as mudanças ocorridas no nosso organismo minuto a minuto depois que o coração pára de bater.

Nos 5 primeiros minutos:
A pele fica rígida e adquire uma cor acinzentada, todos os músculos se relaxam, a bexiga e intestinos se esvaziam, a temperatura corporal cai normalmente 0,83ºC por hora a não ser que tenha fatores externos que o impeça. O fígado é o órgão que se mantém quente durante mais tempo, pelo qual se costuma medir sua temperatura para estabelecer o momento da morte.

Aos 30 minutos:
A pele fica meio púrpura e com aspecto ceroso, os lábios, e as unhas dos dedos empalidecem pela ausência de sangue, o sangue estagna nas partes baixas do corpo, formando uma mancha de cor púrpura escura que é chamada de lividez, as mãos e os pés ficam azulados, os olhos começam a afundar para o interior do crânio.

Às 4 horas:
Começa a aparecer o rigor mortis, o enrijecimento da pele e o estancamento do sangue contínuo, o rigor mortis começa a esticar os músculos durante umas 24 horas, depois das quais o corpo recuperará seu estado relaxado.

Às 12 horas:
O corpo está em estado de rigor mortis total.

Às 24 horas:
Somente agora o corpo adquire a temperatura do ambiente que lhe rodeia, a cabeça e o pescoço adquirem uma cor verde-azulado e esta mesma cor começa a estender-se ao resto do corpo. Neste momento começa o forte cheiro de carne podre, o rosto da pessoa fica essencialmente irreconhecível. Nos homens, morrem os espermatozóides
Aos 3 dias:
Os gases dos tecidos corporais formam grandes bolhas debaixo da pele, a totalidade do corpo começa a inchar e crescer de forma grotesca, processo pode acelerar se a vítima encontra-se num ambiente cálido ou na água. Os fluídos começam a gotejar por todos os orifícios corporais.

Às 3 semanas:
A pele, cabelo e unhas estão tão soltas que podem ser retiradas com facilidade, a pele se racha e arrebenta em múltiplas zonas por causa da pressão dos gases internos, a decomposição continuará até que não fique nada exceto os ossos, o que pode demorar em torno de um mês em climas quentes e dois meses em climas frios, os dentes são com freqüência os únicos que ficam, anos ou séculos depois, já que o esmalte dental é a substância corporal mais dura que existe. A mandíbula é, assim mesmo, mais densa, pelo que geralmente também perdura.

Como deu pra perceber, nosso organismo é bem sistemático na hora em que deixamos de ser alguém e passamos a ser um corpo. O corpo segue todo um ritual, o qual o homem nunca foi capaz de interromper ou fazer voltar atrás. Pelo menos, é no que a maioria acredita. Mas para um grupo de pessoas é possível, sim, “engatar uma ré” depois que a locomotiva da morte começa a se mover, é o que explica o estudioso espírita Francisco Prado Rocha.
Segundo ele, a Psicologia Transpessoal é a corrente mais avançada em Psicologia que acredita na consciência após a morte, ela é um instrumento de pesquisa da natureza essencial do ser. Para ele, a energia nunca morre, mas sempre se transforma.
Para embasar essa informação, Francisco cita uma pesquisa de quase morte feita em dez hospitais da Holanda que observou 1.500 pessoas em seu leito de morte. Destas, 90% sofreram ataques cardíacos e 10% foram vítimas de acidentes elas foram constatadas mortas pois o coração, a respiração e os impulsos cerebrais haviam parado. Cerca de 10% destes pacientes, que puderam ser ressuscitados, tiveram certas experiências no tempo em que estavam mortos, eles relataram que podiam ver e ouvir o que estava acontecendo na sala onde estavam. Já que haviam sido considerados mortos, como isso pode acontecer? Alguns pacientes reconheceram pessoas que ajudaram na sua ressurreição. Outros se lembram das conversas entre os médicos. Eles enxergavam o que os médicos faziam para trazê-los de volta à vida. Nesta mesma pesquisa, alguns pacientes conseguiam inclusive ver e ouvir coisas em outros lugares do hospital.
O estudioso espírita afirma conhecer o caso de um paciente que diz ter ido até o recinto ao lado e conversado com uma mulher que também estava clinicamente morta.
Em outro relato, um homem afirma que, enquanto os médicos trabalhavam pra ressuscitá-lo, ele foi "passear" e viu um conhecido no parque, o que foi confirmado depois pelo próprio. Neste mesmo passeio, o paciente testemunhou um atropelamento na rua. O atropelado e o paciente chegaram até a conversar. O atropelado sumiu em uma luz, o paciente sentiu uma forte atração para voltar para o hospital.